quinta-feira, 19 de maio de 2011

O que importa é o Caixa

Esses dias fui almoçar com um amigo, dono de um negócio promissor e, enquanto discutíamos a viabilidade de alguns negócios, ele comentou: “Sica, o que importa  o Caixa”.
Ele está certo. Um caixa reforçado pode garantir certa estabilidade mesmo durante os tempos de vacas magras, evitando assim a necessidade de recorrer a empréstimos a juros exorbitantes.
Em reportagem publicada no jornal Valor de ontem (18/Maio/2011), uma análise mostra a evolução do caixa das principais construtoras, entre elas PDG, Rossi, Gafisa, Cyrela, MRV, Brookfield, Even, Eztec, JHSF e outras.
Segundo a reportagem, essas empresas apresentaram juntas um lucro de R$ 8,5 bilhões desde o início de 2008 até março desse ano, sendo que a “queima de caixa” foi de R$ 14,4 bi no mesmo período. Se considerarmos a captação via emissão de ações feita por essas empresas, esse número bate na casa dos R$ 20 bilhões.
Os gastos com construção e novos projetos tem superado, em geral, os valores recebidos dos apartamentos vendidos durante esse período.
Você pode dizer que o caixa é inversamente proporcional ao nível de crescimento,   que é preciso investir para crescer, como disse um analista na mesma reportagem. O problema é que em algum momento deve haver um equilíbrio e o caixa precisa engordar.
Como já comentei em outros textos, quando olho uma empresa, gosto de ouvir o som cintilante da caixa registradora. Não consigo reconhecer isso na maioria das construtoras. Pelo menos não neste momento.

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